segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Pesquisador levanta questões sobre desgastes do Bioma Caatinga

A Caatinga ocupa uma área de aproximadamente 900.000 km², área que se estende desde estados do Nordeste até parte do norte de Minas Gerais. Essa vegetação tem grande adaptação a condições de aridez, mas sua exploração descontrolada com processos erosivos e queimadas a coloca no status de ecossistema menos preservado.

Foto: Marcelino Ribeiro
As regiões áridas possuem potencial suficiente para um desenvolvimento sustentável de suas populações, mas as atividades voltada para o desenvolvimento de sistemas pastoris tem levado solos e vegetação a um forte empobrecimento.

O engenheiro florestal da Embrapa Semiárido, Iêdo Bezerra Sá, realizou um curso na cidade de Remanso-BA para explicar e conscientizar produtores sobre a vegetação da Caatinga e seus processos de desertificação, abordando, por exemplo, a vegetação da caatinga e sua importância, o conceito e processos de desertificação nesta área, e ainda as atividades produtivas em comparação a desertificação.

Para ler e entender mais sobre o assunto, acesse aqui a publicação "Curso sobre Práticas de manejo e conservação dos solos: a vegetação da caatinga e os processos de desertificação",  texto que faz parte da série Lago de Conhecimentos, do Projeto Lago de Sobradinho.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Pustumeira é indicada como boa opção para alimentar rebanhos

 A busca por forrageiras tolerantes à seca vem sendo estudada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do Semiárido ao longo de sua atuação, pois durante muito tempo ela foi usada com a vegetação da Caatinga como meio de alimentar rebanhos.

Foto: Francisco Pinheiro de Araújo
Os pesquisadores da Embrapa Semiárido observaram que houve um grande esforço em desenvolver  ração para os rebanhos através de forrageiras como o capim-buffel e gramíneas exóticas. Mas o cultivo dessas espécies causou também um relevante desequilíbrio ecológico, como o desgaste das camadas superficiais dos solos e até o surgimento de pragas.
 
Avaliando um cultivo racional para essa prática, foi indicada a Pustumeira, que tem potencial forrageiro e aparece de forma espontânea na caatinga, além disso, a espécie consegue aproveitar de forma mais razoável os recursos disponíveis na região. Uma de suas importantes características é a resistência à seca.

As análises feitas em laboratório da Embrapa mostraram que a pustumeira possui expressivos valores nutritivos, como a proteína bruta. Ela é bem adaptada ao clima do Semiárido é capaz de ser cultivada nas áreas já desmatadas ou que estão em descanso, e pode ser consumida tanto diretamente pelos animais, como também nas formas de feno e silagem.

Para mais informações e instruções, acesse aqui a publicação "Pustumeira: Uma nova e boa opção forrageira para áreas de Sequeiro", que faz parte da série Lago de Conhecimentos, do Projeto Lago de Sobradinho.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Estudo avalia método para enriquecer solos e plantações

Apesar de ter um considerável espaço como produtor de manga através de sistemas de irrigação, o Vale do São Francisco possui solo de textura arenosa e pouca quantidade de matéria orgânica.  Esses fatores, em combinação à altas temperatura e insolação, podem atrapalhar o crescimento e desenvolvimento de culturas como a Kent.

Uma alternativa estudada pela Embrapa Semiárido para enriquecer o solo e o cultivo dessas plantações é o uso de coquetéis vegetais, que significa uma mistura de vários tipos de sementes, como leguminosas, gramíneas, oleaginosas e outras.

Fotos: Maria Aparecida do Carmo Mouco
 O uso delas na mesma área, e ao mesmo tempo, tem capacidade de fornecer diversos nutrientes,  aumentar a capacidade de retenção de água e controlar a temperatura do solo, além de melhorar sua cobertura, exploração, e características químicas e físicas.

Outros benefícios da aplicação do coquetel vegetal é que ele também pode colaborar para um maior vigor das plantas e sua maior absorção de nutrientes, como observaram os pesquisadores ao analisar resíduos durante as podas das mangueiras em formação.

Saiba mais sobre as espécies indicadas para o coquetel vegetal, como implantá-lo e manejá-lo em seu pomar acessando aqui o folheto "Coquetéis Vegetais a Implantação do Pomar de Mangueiras 'Kent'", que faz parte da série Lago de Conhecimentos, do Projeto Lago de Sobradinho.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Pesquisa avalia uso de água em cultivo de cebolas

A cebola é uma das hortícolas de alta relevância para o mercado econômico no Brasil. Os estados que apresentam seu considerável cultivo estão na região Nordeste, Pernambuco e Bahia concentram quase toda sua produção nos perímetros irrigados do submédio São Francisco.

Foto: Fernanda Birolo
O Nordeste utiliza bastante o método da fertirrigação, que apesar de ser operado em todo o país e em variadas culturas, ganha destaque nessa região por seus polos produtores de frutas e hortícolas, em níveis muito expressivos, empregarem esse sistema de irrigação localizada.

Motivados a avaliar a influência do manejo da água e os nutrientes na produtividade da cebola, pesquisadores compararam os métodos de irrigação por gotejamento e por sulco na cultura Allium cepa L., ou alfa tropical, em áreas de produtores nos municípios de Sobradinho, Casa Nova e Sento Sé, na Bahia.

Foi notado que nenhum dos recursos interferem as características químicas dessa hortícola, mas que sua maior produtividade deu-se no tratamento de irrigação por gotejamento. Este também ajudou na economia de água em cerca de 42%, em comparação a irrigação por sulco.

Para mais resultados e informações, acesse aqui o "Manejo de água e nutrientes na cultura da cebola sob irrigação por gotejamento", artigo que faz parte da série Lago de Conhecimentos.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Estudo explora potenciais e limitações de solos no município de Remanso-BA

 O crescimento da agricultura no Vale do Submédio São Francisco, fez com que muitas áreas de solos arenosos (bastante encontrado na região Nordeste) fossem usadas, mas, esse tipo de solo acumula um número menor de nutrientes, apresentando assim pouca ou nenhuma capacidade de cultivo.

 A baixa capacidade desse tipo de solo em conservar matéria orgânica limita o seu uso para produção agrícola, e quando mal manejado, pode aumentar o desgaste dessa superfície, assim como o desmatamento, e os riscos de contaminação das fontes hídricas pelo uso desregrado de defensivos e fertilizantes.


 A fim de contribuir para a sustentabilidade das atividades agrícolas e ampliar o conhecimento sobre essa especificidade de solo, um grupo de pesquisadores da Embrapa Semiárido caracterizou e classificou quatro perfis de solos encontrados no município de Remanso, no estado da Bahia.

O resultado dessa pesquisa está no artigo "Potencialidades e limitações para o uso agrícola de solos arenosos na região Semiárida da Bahia", que faz parte da série Lago de Conhecimentos. Acesse aqui para ler o artigo completo.