"Sou muito acreditado da agricultura", confessa seu Osmar Ferreira
Campos, o Gringo, na saída das palestras sobre Produção Animal e
Cultivos Alimentares no auditório da Secretaria Municipal de Educação,
em Pilão Arcado (BA). Carregando uma bolsa contendo embalagens de
pequenas quantidades de sementes - de feijão, de sorgo, melancia
forrageira -, duas estacas de gliricídia e publicações técnicas
elaboradas por pesquisadores da Embrapa Semiárido e da Universidade
Federal do Vale do São Francisco (Univasf), ele afirma a vantagem que é
participar de "cursos" que oferecem alternativas para melhorar a
produção na roça.
Foi participando de "uns cursos" na Paróquia,
na Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), no Instituto
Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) que se sentiu
despertado para adotar outros manejos, além daqueles aprendidos com o
seu avô no Caldeirão de Zé Ferreira, zona rural do município de Pilão
Arcado (BA). Em especial, a preparação para passar longo período de seca
na sua região.
Nas chuvas, conta ele, nunca deixou o hábito do
cultivo de mandioca, feijão, melancia, abóbora. Os bodes, os porcos e as
galinhas abastecem a família de comida e, mesmo, alguma renda. Contudo,
sem estar "bem preparado", a seca fazia passar por muitas dificuldades.
Mas vieram os cursos, e "de uns tempos para cá, a gente vem se
planejando", cultivando palma e leucena para garantir o sustento do
rebanho. "Acho que depois dos cursos a gente tem é crescido o
criatório", afirma o agricultor.