Associado da Boa Pesca faz repicagem de peixes |
A associação Boa Pesca, localizada no município de Sobradinho (BA), é uma das beneficiadas com o plano de incentivo à piscicultura, que faz parte do Projeto Lago de Sobradinho. Realizado pela Embrapa Semiárido e Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o projeto oferece acompanhamento de técnicos e pesquisadores para que o cultivo de peixes seja desenvolvido de forma adequada.
Dois meses após receber os alevinos de tilápia, a associação Boa Pesca realizou a primeira repicagem, ou seja, a seleção de peixes conforme o crescimento que eles apresentaram. “O objetivo é separar os peixes por tamanho – pequeno, médio e grande – para que cresçam de forma homogênea em tanques-redes separados”, explica a pesquisadora da Embrapa Semiárido Daniela Campeche.
De acordo com Campeche, as tilápias crescem de forma heterogênea, e se essa atividade não for feita, os peixes pequenos vão ficar sempre pequenos, e os grandes sempre grandes – estes comendo maior quantidade da ração e não dando oportunidade para que os menores comam. “Isso prejudica na hora de vender, porque eles não terão um tamanho homogêneo”, complementa.
Na atividade de repicagem, os associados da Boa Pesca separaram quase 10 mil peixes. Destes, cerca de 10% eram grandes – chamados popularmente de “cabeceira” –, 60% eram médios e 30% pequenos – conhecidos como “rabeira”. Agora eles devem crescer por mais 60 dias até que se faça uma outra e última repicagem.
Equipamento - Segundo Daniela Campeche, a associação ainda realiza o manejo da repicagem dos peixes de forma bastante precária, pois são selecionados manualmente, um a um, e com critérios pouco precisos. No entanto, existem equipamentos que podem ser desenvolvidos pelos próprios produtores. Trata-se de selecionadores feitos de tela, para os peixes de até 100 gramas, e de uma mesa selecionadora, para aqueles já acima desse peso.
O uso de equipamentos como esses é importante porque facilita o trabalho, leva menos tempo e manuseia menos os peixes. “Pegar peixe por peixe para contar acaba deixando eles estressados, e ficam também mais suscetíveis a doenças”, afirma a pesquisadora.
A equipe do Projeto Lado de Sobradinho que dá suporte técnico às associações beneficiadas com as Unidades Demonstrativas (UDs) de cultivo de peixe em tanques-redes estão providenciando estes equipamentos para que a repicagem seja feita de forma mais ágil.
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