quinta-feira, 22 de maio de 2014

Embrapa Semiárido fez reunião para planejar as próximas ações do Projeto Lago de Sobradinho

Reunião avaliou os trabalhos já executados pelo Projeto
Representantes da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) participaram de reunião na Unidade de Petrolina (PE) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária com o intuito de acompanhar o planejamento das ações do Projeto Lago de Sobradinho para o segundo semestre de 2014. No encontro, realizado na última terça-feira (20), também foi feito um balanço das atividades executadas desde o início do Projeto, em 2010.
Além dos técnicos que atuam nos municípios baianos de Casa Nova, Sento Sé, Remanso, Pilão Arcado e Sobradinho, estiveram presentes estagiários, analistas, gestores, pesquisadores e outros integrantes que contribuem com os trabalhos de desenvolvimento agropecuário. O coordenador do Projeto na Embrapa, Rebert Coelho, destacou que durante a apresentação dos resultados preliminares houve superação de metas previstas. A quantidade de cursos, palestras, dias de campo, visitas técnicas, implantação de unidades demonstrativas de tecnologias e até o volume de produções científicas ultrapassou os números previstos pela equipe.
A funcionária da CHESF Marileide Luna Brasil, que atua na área de responsabilidade social, demonstrou o seu encantamento pela apropriação das tecnologias de sequeiro e irrigação por parte dos agricultores.  Um dos exemplos é aquele realizado no Plano de Hortaliças com a redução do uso de água e agrotóxicos nos cultivos de importância econômica para a região: cebola, melão e melancia.
Ela sugeriu ainda que a equipe responsável pelo Projeto deve não apenas reunir dados quantitativos, mas também, monitorar as mudanças provocadas pelas ações, para que o grupo possa definir indicadores sociais e compreender melhor quais são os benefícios do Projeto para a população das áreas rurais.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

UNIVASF, CHESF e Embrapa Semiárido distribuem cartilha sobre o manejo apícola


Capa da cartilha educativa
Boas Práticas de Manejo Apícola” é o título da cartilha que vai ser distribuída gratuitamente nos municípios baianos de Casa Nova, Sento Sé, Sobradinho, Pilão Arcado e Remanso. A meta é entregar pelo menos 1000 exemplares da publicação, produzida pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) em parceria com o Projeto Lago de Sobradinho, que é coordenado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) e a Embrapa Semiárido. Os interessados também podem ter acesso ao trabalho no endereço: http://projetolagodesobradinho.blogspot.com.br/p/blog-page_28.html
Os autores da publicação são as zootecnistas Eva Mônica Sarmento da Silva e Heidy Carvalho dos Santos, o estudante de graduação em Zootecnia da UNIVASF Emerson José Alves Matos e o coordenador do Projeto Lago de Sobradinho, Rebert Coelho Correia.
Na cartilha, o agricultor tem acesso às orientações que podem contribuir para a melhoria da produção do mel no Semiárido. Por exemplo: manter a disponibilidade de água limpa com distância máxima de até 500 metros do apiário. A zootecnista Eva Mônica Sarmento, professora da UNIVASF, explica que, em condições ideais, o tempo médio de vida das abelhas é de aproximadamente 45 dias. Se a fonte de água e de alimento (pólen e néctar) estiverem longe, esse tempo pode ser reduzido.
O conteúdo apresentado na cartilha é baseado em questões levantadas pelos pesquisadores com a contribuição dos apicultores que participaram dos cursos organizados pelo Projeto Lago de Sobradinho. O manejo mais adequado para o período de escassez das chuvas e também as técnicas para a criação racional das abelhas Apis mellifera, são alguns dos assuntos abordados na publicação.
Além do diálogo com os produtores, nos encontros realizados por meio do Projeto Lago de Sobradinho também foram entregues materiais de proteção e equipamentos que visam atender as principais demandas dos apicultores das cidades no entorno da barragem.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A dupla jornada de um 'viajante' no Sertão

Raira Santos, Inácio Gomes e Luiz Ferreira fazem parte do Projeto Lago de Sobradinho
Num dia, precisa visitar criadores de caprinos e ovinos. Em outro, a dedicação se volta para um agricultor que planta feijão e milho. E ainda tem mais dias em que a demanda por sua atenção vem daqueles que cultivam melão, melancia e cebola, irrigados. Ou ainda, tem que correr para assistir aquele outro produtor que precisa melhorar a ração das vacas leiteiras criadas em meio à vegetação nativa da Caatinga.
É muito com o que se ocupar, mas é como se desenrola o dia-a-dia de Inácio Gomes. Funcionário da Prefeitura Municipal de Sobradinho (BA), lotado na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, ele está à frente do escritório que executa ações de transferência de tecnologias do Projeto Lago de Sobradinho.
Cansativo? Ele diz: por vezes, sim. Contudo, experimenta uma espécie de realização por estar envolvido em iniciativas que buscam melhorar a vida dos moradores do campo. O que, rememora, faltou aos seus pais no pequeno município de Itapetim, no Semiárido pernambucano e que, na seca de 1976, se viram migrantes, ao lado de muitas famílias, para o município de Sobradinho, onde tinham sido iniciadas as obras da barragem e a oferta de empregos aumentou na cidade.

Experiências
Anos mais tarde, o pai, Manoel Gomes Maurício, já trabalhando em uma das empresas públicas do Vale do São Francisco, em Petrolina (PE), tomava parte em iniciativas de assistência técnica junto aos agricultores do Sertão. Desta fase, lhe ocorrem mais lembranças das dificuldades enfrentadas pelos produtores das áreas de sequeiro, que fixaram nele uma espécie de solidariedade com quem vive da agricultura e da criação pecuária no Semiárido.