"Sou muito acreditado da agricultura", confessa seu Osmar Ferreira
Campos, o Gringo, na saída das palestras sobre Produção Animal e
Cultivos Alimentares no auditório da Secretaria Municipal de Educação,
em Pilão Arcado (BA). Carregando uma bolsa contendo embalagens de
pequenas quantidades de sementes - de feijão, de sorgo, melancia
forrageira -, duas estacas de gliricídia e publicações técnicas
elaboradas por pesquisadores da Embrapa Semiárido e da Universidade
Federal do Vale do São Francisco (Univasf), ele afirma a vantagem que é
participar de "cursos" que oferecem alternativas para melhorar a
produção na roça.
Foi participando de "uns cursos" na Paróquia,
na Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), no Instituto
Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) que se sentiu
despertado para adotar outros manejos, além daqueles aprendidos com o
seu avô no Caldeirão de Zé Ferreira, zona rural do município de Pilão
Arcado (BA). Em especial, a preparação para passar longo período de seca
na sua região.
Nas chuvas, conta ele, nunca deixou o hábito do
cultivo de mandioca, feijão, melancia, abóbora. Os bodes, os porcos e as
galinhas abastecem a família de comida e, mesmo, alguma renda. Contudo,
sem estar "bem preparado", a seca fazia passar por muitas dificuldades.
Mas vieram os cursos, e "de uns tempos para cá, a gente vem se
planejando", cultivando palma e leucena para garantir o sustento do
rebanho. "Acho que depois dos cursos a gente tem é crescido o
criatório", afirma o agricultor.
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Semana Itinerante divulga tecnologias de convivência com o Semiárido
Começa
dia 10 (segunda-feira), em Pilão Arcado (BA), e se estende até dia 14 de
novembro (sexta-feira), em Sento Sé (BA), as comemorações do Ano Internacional
da Agricultura Familiar programadas pela Embrapa Semiárido e a Companhia Hidro
Elétrica do São Francisco (CHESF) nos municípios localizados às margens do lago
formado pela Barragem de Sobradinho, no rio São Francisco. Os eventos
acontecem, na sequência, em Remanso (11), Casa Nova (12) e Sobradinho (13).
Em
cada cidade, as duas instituições “desembarcam” uma equipe composta por 25
pesquisadores, professores e técnicos, especialistas em quatro temas de
importância econômica e agrícola nessa região: produção animal e cultivos
alimentares, agricultura em área irrigada e código florestal, fruteiras nativas
e beneficiamento, e apicultura e meliponicultura. Os temas serão desdobrados em
16 palestras que acontecerão diariamente e de forma simultânea.
domingo, 2 de novembro de 2014
Cuidar de abelha na seca melhora a renda no “inverno”
Agricultor mostra bebedouro instalado em seu apiário |
A seca cobra dedicação e gosto para descobrir
jeitos de ir passando pelas estiagens, ano após ano, cada vez menos aperreado.
E pra fazer render a labuta na roça, quando as fontes de água estão vazias e
nem uma folha verde à vista em léguas e léguas de terra, precisa de trabalho
duro e, claro, de uma cienciazinha. José Ricardo, residente da comunidade da
Melosa que o diga.
Vivente da cidade de Remanso (BA), marceneiro de
profissão, boa praça, um dia se encantou pela criação de abelhas e lá se foi a construir
caixas e instalar apiários em algum canto de caatinga nas propriedades de
amigos. No “inverno”, como se refere ao tempo das chuvas na região, pólen,
néctar e água não faltam em meio à vegetação nativa.
Na seca? Ah!! Aí tem que se desdobrar pra não
perder as colônias. Em cima da sua moto, não foi só uma ou duas ou três vezes
que correu trecho com um objetivo inusitado: galões de água na garupa,
percorria um a um os apiários para matar a sede das abelhas; junto, carregava
porções de ração, a fim de garantir a permanência desses pequenos insetos nas
caixas que talhou com tanto zelo.
Assinar:
Postagens (Atom)