Minicursos são parte importante na programação da Expo7 |
A Expo7 - evento que
mistura demonstrações de tecnologias, minicursos e apresentações culturais - é
mais uma inovação que o Colégio Sete de Setembro tem a exibir na sua longa
trajetória de estabelecer uma educação que integre o conteúdo do currículo
escolar a práticas pedagógicas que envolva ensino e cidadania. Deste modo,
forma estudantes para intervirem no
desenvolvimento do município, Sento Sé.
Na terceira edição da exposição, realizada nos dias 1 e 2 de dezembro, o
movimento de estudantes e professores não cessava em torno dos pequenos
canteiros, do viveiro onde se produzem mudas de plantas forrageiras para
distribuição a agricultores, e participando de minicursos sobre Uso
do GPS na agropecuária, Sistema integrado alternativo para produção de
alimentos (Piscicultura), Beneficiamento de frutas, Produção e armazenamento de
Forrageiras, Análise de água e solo e Aproveitamento de água de chuva.
Sem desgrudar o olho dos inventos na Expo7 |
Frequente também eram as visitas às salas onde murais e maquetes mostravam
trabalhos dos alunos sobre Transposição do Rio São Francisco, problemas
ambientais - como desertificação do bioma Caatinga, ou à divertida sala de
experimentação com alguns princípios da Física ou da Química em que com sucata
de um disco rígido de computador simulavam o movimento de um furacão num
recipiente cheio de água, ou da transmutação de cores também da água misturada
a variados elementos químicos como oxigênio, vinagre e permanganato de
potássio.
História Atual diretor, José Renato de Almeida Silva
destaca que a Expo7 expressa um compromisso sempre perseguido pelo colégio: formar
jovens aptos a elaborarem soluções para os desafios colocados pelo
desenvolvimento do município. Este é um objetivo que marca a própria “história
de criação do Sete de Setembro”, nos anos 80, e está muito presente no dia a
dia, nas salas de aula, e na “boa” relação acadêmica estabelecida entre alunos,
professores e direção.
Para José Renato, isto é fruto de como o colégio teve origem: a reação de
segmentos da comunidade de Sento Sé à expulsão de dois jovens alunos cujas
famílias não se alinhavam aos “chefes políticos” do município à época. Diante
de tais fatos e com apoio do padre da cidade, Marcos Tillia
que fez a doação do terreno - e com ajuda da CHESF e da Codevasf, se
organizaram em uma associação e viabilizaram a construção do prédio, que, desde
então, só tem se ampliado.
Equipamentos
‘Estadualizada’ em 2002, após funcionar com cessão de
salas de aula, a escola oferece cursos de ensino Fundamental e Médio, além de técnicos
profissionalizantes: em Agropecuária, em Agronegócio; e, mais
recentemente, em Administração e em Serviço Público. A Expo7, que tem como
inspiração a Feira SemiáridoShow, de certa forma, é uma síntese das orientações
pedagógicas praticadas no conjunto das disciplinas desses cursos com os
objetivos de formação implementados pelo Projeto Lago de Sobradinho, executado
pela Embrapa Semiárido e a CHESF.
Formaram uma parceria que reverteu para o colégio um conjunto de
equipamentos e estruturas de treinamentos e de capacitações: além da oferta de
estágio para cerca de 100 estudantes, foram feitas doações de minibiblioteca
com publicações e vídeos sobre tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, instalação
de um viveiro para produção de mudas; e equipamentos para montagem de uma sala
de beneficiamento de frutas (despolpadeira, freezer, seladora, estantes, mesa
inox, liquidificador, fogão industrial e acessórios como panelas, batas, luvas,
toucas, vasilhames, facas etc).
“Esta feira de
exposição é um evento importante que promove grande integração com
os demais atores da sociedade como os produtores, cidadãos. Estudantes e
professores”, destaca o pesquisador Rebert Correia, coordenador do Projeto Lago
de Sobradinho. Para José Renato, “muito do trabalho que desenvolvemos hoje é fruto dessa parceria, iniciada em
2011”.
Parabéns pelo excelente trabalho!
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