terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Ensino e desenvolvimento são as marcas da Expo7



Minicursos são parte importante na programação da Expo7
A Expo7 - evento que mistura demonstrações de tecnologias, minicursos e apresentações culturais - é mais uma inovação que o Colégio Sete de Setembro tem a exibir na sua longa trajetória de estabelecer uma educação que integre o conteúdo do currículo escolar a práticas pedagógicas que envolva ensino e cidadania. Deste modo, forma estudantes para  intervirem no desenvolvimento do município, Sento Sé.
Na terceira edição da exposição, realizada nos dias 1 e 2 de dezembro, o movimento de estudantes e professores não cessava em torno dos pequenos canteiros, do viveiro onde se produzem mudas de plantas forrageiras para distribuição a agricultores, e participando de minicursos sobre Uso do GPS na agropecuária, Sistema integrado alternativo para produção de alimentos (Piscicultura), Beneficiamento de frutas, Produção e armazenamento de Forrageiras, Análise de água e solo e Aproveitamento de água de chuva.

Sem desgrudar o olho dos inventos na Expo7
Frequente também eram as visitas às salas onde murais e maquetes mostravam trabalhos dos alunos sobre Transposição do Rio São Francisco, problemas ambientais - como desertificação do bioma Caatinga, ou à divertida sala de experimentação com alguns princípios da Física ou da Química em que com sucata de um disco rígido de computador simulavam o movimento de um furacão num recipiente cheio de água, ou da transmutação de cores também da água misturada a variados elementos químicos como oxigênio, vinagre e permanganato de potássio.
História Atual diretor, José Renato de Almeida Silva destaca que a Expo7 expressa um compromisso sempre perseguido pelo colégio: formar jovens aptos a elaborarem soluções para os desafios colocados pelo desenvolvimento do município. Este é um objetivo que marca a própria “história de criação do Sete de Setembro”, nos anos 80, e está muito presente no dia a dia, nas salas de aula, e na “boa” relação acadêmica estabelecida entre alunos, professores e direção.
Para José Renato, isto é fruto de como o colégio teve origem: a reação de segmentos da comunidade de Sento Sé à expulsão de dois jovens alunos cujas famílias não se alinhavam aos “chefes políticos” do município à época. Diante de tais fatos e com apoio do padre da cidade, Marcos Tillia que fez a doação do terreno - e com ajuda da CHESF e da Codevasf, se organizaram em uma associação e viabilizaram a construção do prédio, que, desde então, só tem se ampliado.
Equipamentos ‘Estadualizada’ em 2002, após funcionar com cessão de salas de aula, a escola oferece cursos de ensino Fundamental e Médio, além de técnicos profissionalizantes: em Agropecuária, em Agronegócio; e, mais recentemente, em Administração e em Serviço Público. A Expo7, que tem como inspiração a Feira SemiáridoShow, de certa forma, é uma síntese das orientações pedagógicas praticadas no conjunto das disciplinas desses cursos com os objetivos de formação implementados pelo Projeto Lago de Sobradinho, executado pela Embrapa Semiárido e a CHESF.
Formaram uma parceria que reverteu para o colégio um conjunto de equipamentos e estruturas de treinamentos e de capacitações: além da oferta de estágio para cerca de 100 estudantes, foram feitas doações de minibiblioteca com publicações e vídeos sobre tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, instalação de um viveiro para produção de mudas; e equipamentos para montagem de uma sala de beneficiamento de frutas (despolpadeira, freezer, seladora, estantes, mesa inox, liquidificador, fogão industrial e acessórios como panelas, batas, luvas, toucas, vasilhames, facas etc).
“Esta feira de exposição é um evento importante que promove grande integração com os demais atores da sociedade como os produtores, cidadãos. Estudantes e professores”, destaca o pesquisador Rebert Correia, coordenador do Projeto Lago de Sobradinho.  Para José Renato, “muito do trabalho que desenvolvemos hoje é fruto dessa parceria, iniciada em 2011”.

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